A mandioca, assim como seus derivados, tem relevante importância nutricional, cultural e econômica para a região Norte/ Nordeste – especialmente a Bahia. Nesta localidade o Beijú se destaca entre os 03 produtos mais consumidos no café da manhã de 83% da população, é o que mostra a pesquisa realizada pela Trade Quality, em 2005, quando entrevistou 500 consumidores. Sob a ótica econômica e social, observa-se que a cadeia produtiva da mandioca emprega aproximadamente 175 mil pessoas apenas na Bahia.
O projeto da máquina visa melhorar a geração de renda das famílias e comunidades produtoras de mandioca, contribuindo para a afixação do homem no campo e assegurando condições de trabalho melhores para a população, uma vez que no projeto substituiremos o aquecimento a lenha por um sistema de aquecimento a gás com temperatura controlada,eliminando assim a inalação de fumaça pelos trabalhadores durante o trabalho,e também retirando o trabalhador do contato direto com a cerâmica quente.Além disso,com o projeto visamos promover a industrialização da produção de beijú , atendendo às normas de segurança no trabalho e de segurança alimentar, possibilitando a exportação dessa iguaria, que hoje não atende às exigências da vigilância sanitária por passar por um processo de produção artesanal. A produtividade do processo industrial é outra vantagem, quando comparada ao processo artesanal – estima-se uma escala de produção 04 vezes maior que a atual. Desta forma, além de suprir a demanda regional, os produtores podem aumentar o campo de mercado com a mesma mão de obra, que agora terá melhores condições de trabalho. O reflexo dessas melhoras se fará perceptível na economia regional e nacional.
A finalização do protótipo considera a redução do desperdício de matéria prima e a sistematização contínua da produção de beijú desde a dispersão da fécula preparada, passando pelo cozimento até a embalagem final.
STATUS:
Uma bancada de testes foi construido para validar os principios fisicos envolvidos na máquina de beiju, proporcionando uma analise precisa do funcionamento de cada um dos subsistemas, dos quais são a peneira, o silo, o sistema de aquecimento (queimadores e placas de cerâmica) e sistema de distribuição. Atualmente a equipe do projeto está revisando e analisando os resultados dos testes com a bancada de testes, para promover melhorias na máquina, validando-a para possibilitar a fabricação do primeiro prototipo.
Equipe:
Bernardo Morais (em intercâmbio no Canadá)
Eduardo Ferraro Bastos
Tulio Cerviño (em intercâmbio na Alemanha)
Victor Cavalcanti