No processo de recuperação e conservação de livros e documentos antigos, normalmente de valor cultural incalculável, a operação de reenfibragem do papel é uma atividade de suma importância e consiste no restauro das folhas degradadas. Ela se caracteriza pela adição de solução celulósica ao material a ser restaurado. Esse processo reconstitui a estrutura do papel degradado permitindo que as folhas possam ser fixadas em uma nova matriz mantendo assim a integridade da obra preservada. Este processo é normalmente realizado em laboratórios de restauração, frequentemente associados a grandes acervos bibliográficos. Atualmente, o restauro de obras antigas é realizado através de um processo trabalhoso, cansativo e que exige um nível elevado de cuidados para que o documento não seja danificado e perdido, levando consigo a sua riqueza histórica.

A maioria dos laboratórios de restauração realiza o processo de reenfibragem de papel de maneira manual, utilizando uma mangueira para levar a água deionizada a pias ou bacias onde são restauradas as folhas degradadas. Alguns contam com um dispositivo também manual para a obturação das folhas, mas os usuários desse equipamento queixam-se da falta de praticidade e ergonomia, o que torna todo o processo ainda mais lento e custoso. A duração média do restauro de um livro é de quatro meses.

                O objetivo do projeto é a fabricação e os testes de uma máquina obturadora de papéis capaz de executar o processo de reenfibragem do papel relacionado à restauração de documentos antigos. O invento executará o restauro em três compartimentos diferentes ao mesmo tempo e de forma automatizada, tornando mais rápido e prático o trabalho realizado nos laboratórios de restauro, visando a recuperação de um maior número de obras.

O projeto está sendo realizado em parceria com a equipe do Laboratório de Restauração do Mosteiro de São Bento, que possui uma ampla experiência na área de restauração de obras antigas. Atualmente, o projeto está em fase de implementação e fabricação do protótipo da máquina, que será realizada pela empresa FADIUSI, a qual será posteriormente testada. Após os testes, o equipamento será reavaliado e reprojetado, se necessário.

Parceiros do Projeto:

• Laboratório de Restauro do Mosteiro de São Bento;
• FADIUSI.

Equipe:

• Allan Almeida;
• Douglas França;
  
• Camila Oliveira.

Membros antigos:

• Antônio Carneiro
• Bruno Caetano;
• Bruno Lino;
• Gimaezio Carvalho;
• Gustavo Castro;
• Luan Saldanha;
• Ronei Maciel;
• Vinicius Dias;
• Waldemar Neto.